segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A seguir vamos ver: Harper Lee: Matar a Cotovia

Revisitamos um clássico da literatura americana, agora que se publicou a sequela de To Kill a Mockingbird/ Matar a Cotovia (Prémio Pulitzer em 1961)

Vamos lê-lo e em seguida, Vai e Põe Uma Sentinela.

Escrito antes de "Matar a cotovia", o romance inédito de Harper Lee, 88 anos, apresenta muitos dos mesmos personagens desse primeiro romance, mas vinte anos mais velhos.
O manuscrito tinha sido dado como perdido, mas "Go set a watchman" - no original - foi descoberto no ano passado e publicado em inglês a 14 de julho deste ano, ocupando os 1º lugares dos tops nos Estados Unidos e em Inglaterra, indicou a Presença.
Harper Lee nasceu em 1926 em Monroeville, no Alabama, frequentou o Huntingdon College e estudou Direito na Universidade do Alabama.
(de: http://www.sol.pt/noticia/410966/'vai-e-p%C3%B5e-uma-sentinela',-de-harper-lee,-a-21-de-outubro-em-portugal#close)

Em novembro estamos a ler: Quanto Mais Depressa Ando, Mais Pequena Sou da escritora Kjersti Annesdatter Skomsvold

Quanto Mais Depressa Ando, Mais Pequena Sou 
 Kjersti Annesdatter Skomsvold

protagonista de “Quanto Mais Depressa Ando, Mais Pequena Sou” é uma centenária viciada em lengalengas, “tapa-orelhas” e baralhos de cartas (de Público)

Um dos 10 livros finalistas do prestigiado prémio internacional IMPAC Dublin 2013.

1.Estreia literária, prémio revelação e uma excelente surpresa para o leitor português. (...) é uma delícia! O mesmo adjetivo se pode usar para todo o livro, tragicomédia que nos lembra que "a nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer", a que acresce aquela inevitável estranheza que nos causa sempre a literatura que vem do frio. Imperdoável passar ao lado." (Ana Cristina Leonardo no Expresso).

Sobre: a solidão, o amor e o passar do tempo...

Querem acrescentar mais temas?


2. Quanto Mais Depressa Ando, Mais Pequena Sou", tem ressonâncias das teorias da Física. "Sim, o título foi inspirado na Teoria da Relatividade, de Einstein", diz Skomsvold. "Sendo o romance sobre a passagem do tempo, achei que este título se adequava. E é também apropriado considerando que a personagem está sempre a pensar afastar-se das pessoas, por causa da sua ansiedade social, e isso parece fazê-la mais pequena do que ela, na realidade, é."

3. Mathea Martinsen (é este o nome da idosa) fora sempre uma observadora passiva de um mundo que parece não entender, apesar de querer fazer parte dele, "só não sabe como". Quase nunca sai de casa, e quando o faz certifica-se primeiro de que não encontrará os vizinhos (a última vez que falou com um deles, agora um homem adulto, era ele então ainda uma criança); se sai à noite, veste-se de preto para se confundir com a escuridão. A única pessoa com quem ela se relacionou nas últimas décadas foi o marido, a quem ela chama Épsilon - nome de uma letra grega que remete o leitor para a Matemática. Skomsvold explica a razão do nome: "Lembrei-me, dos meus estudos de Física: quando a probabilidade de qualquer coisa acontecer é ínfima, deve dizer-se que a probabilidade ‘é mais pequena do que Épsilon'. O marido de Mathea refere-se a isso muitas vezes, e é por isso que ela lhe chama Épsilon. Por exemplo, as hipóteses de uma pessoa ser atingida duas vezes por um raio num mesmo lugar, são ‘mais pequenas do que Épsilon', mas de qualquer maneira isso aconteceu com a minha personagem."

4.A personagem principal do romance é uma mulher quase centenária, com uma estranha fobia social, mas que agora, que a vida parece aproximar-se do fim, decidiu que deveria deixar uma marca no mundo que pudesse recordá-la. Mas como é que surgiu, numa mulher de 30 anos, esta protagonista tão improvável, fascinada por lengalengas que rimam, por tricotar "tapa-orelhas", e por baralhar cartas sempre sete vezes seguidas? Kjersti Annesdatter Skomsvold responde entre sorrisos: "Tornou-se mais fácil escrever sobre ela quando parei de insistir em querer fazê-la diferente de mim. O estranho mundo insular de Mathea foi durante muito tempo o meu mundo. Vivi-o. Quando se está muito tempo isolado do exterior, sem os habituais afazeres que não nos deixam pensar, a solidão tem um lado positivo, que é dar-nos a possibilidade de nos conhecermos melhor a nós próprios. Quando nada acontece, qualquer coisa pode acontecer."


http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-estranho-mundo-de-kjersti-annesdatter-skomsvold--298323