segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Zadie Smith Swing Time

Zadie Smith e Swing Time

Duas raparigas mestiças sonham ser dançarinas – mas apenas uma, Tracey, tem talento. A outra tem ideias: sobre ritmo e tempo, sobre corpos negros e música negra, sobre o que constitui uma tribo ou torna uma pessoa verdadeiramente livre. É uma amizade de infância, forte mas complicada, que termina abruptamente aos vinte e poucos anos, para nunca mais ser revisitada, mas também nunca ser completamente esquecida.
Tracey chega a dançarina de teatro musical, mas debate-se com a vida adulta, enquanto a amiga vira costas ao velho bairro e percorre o mundo como assistente pessoal de uma cantora famosa, Aimee, observando de perto como vivem as pessoas mais ricas do mundo. Mas quando Aimee adquire grandiosas ambições filantrópicas a história muda-se de Londres para a África Ocidental, aonde os turistas da diáspora acabam por regressar em busca das suas raízes, onde os jovens arriscam a vida na fuga para um futuro diferente, as mulheres dançam exatamente como Tracey – os mesmos requebros, os mesmos meneios – e as origens de uma desigualdade profunda não são uma questão de história longínqua, mas sim uma dança atual, ao som da música do nosso tempo.
Vertiginosamente enérgico e profundamente humano, "Swing Time é uma história sobre amizade, música e raízes obstinadas, sobre como somos moldados por essas coisas e como podemos sobreviver-lhes.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Nina George O Livreiro de Paris

Informação sobre a autora em http://www.nina-george.com/

Perguntas sobre o livro O Livreiro de Paris



Biblioterapia (A literatura imaginativa, como a ficção, a poesia e as biografias, quando eficaz na promoção da mudança, porque gera uma experiência emocional, necessária a uma terapia efetiva): o que pensa do poder curativo dos livros? O que é que os livros curam? Qual o impacto do seu livro favorito?
Podem-se fechar as emoções num quarto? Todos temos um quarto interior?  
Se esquecermos os amores perdidos e as pessoas que amámos perdemos quem somos? 
Concorda com Sophie quando ela diz que devíamos fazer um mês de luto por cada ano passado junto da pessoa ameaçada, dois meses por cada amigo que perdemos e o resto da vida pelos mortos porque os amaremos para sempre e far-nos-ão falta até ao fim das nossas vidas?
Manon tem dois amores, mas não é uma leviana. Está de acordo?  
A perda: Cuneo perdeu o seu amor; Max não consegue escrever. Catherine perdeu a segurança de uma vida previsível.Claudine Gulliver perdeu a juventude. Manon perdeu a casa.
Recomeços?  
Capítulo 12 –  e a carta de Manon. Um intervalo na psiche de Monsieur Perdu. Por que razão não abriu a carta e quais as consequências? 

Uma recensão interessante em https://shelf-awareness.com/max-issue.html?issue=145#m297
Excerto:
Why has this novel resonated so deeply with readers?
Because it's a story about death and about how much we can be shaped by loss, by missing a person. Grieving, or admitting that the loss of a loved one has derailed us, was unfashionable, forbidden for much of the past. Also, there is a dedicated community of people in the world who will always be able to connect with each other across all languages, boundaries and religions. It is the "Readers' Club." People who read a lot, starting at a very young age, are people who were raised by books. They have learned about forms of love and hate, kindness, respect and ideas that are different from their own. They experience the world as something infinitely larger than before. They enjoy the indescribable feeling of having found their true selves.
We readers are book people, and Jean Perdu [the protagonist] is one of us. We are all traveling on an invisible literary riverboat, one that carries us down the stream of life. It shapes, holds and comforts us.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

David Mitchell Cloud Atlas

David Mitchell Cloud Atlas

Um desafio para iniciar o ano letivo 2018/19.
Podemos gostar ou nem por isso, mas um desafio de leitura será certamente.

São 6 narrativas independentes - ou não? - ; são 11 partes e muito suspense.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Elif Shafak, Três Filhas de Eva

Elif Shafak,  Três Filhas de Eva 

Três Filhas de Eva, romance ambientado em Istambul e em Oxford, conta a história de Peri, uma mulher da classe alta turca que já ultrapassou a casa dos 40. O epicentro de todos os acontecimentos é um certo jantar que reúne gente poderosa e rica, numa noite em que vários atentados terroristas abalam a capital turca. Entre o normal decurso do jantar e o seu súbito desfecho (um contraste de dimensões cinematográficas), Peri precisa de contactar com alguém que conhecera e deixara para trás, em Oxford - tal como regressar às discussões que nessa altura mantinha com duas amigas (Shirin e Mona) sobre a dificuldade de ser mulher e muçulmana. O tempo avança e recua entre os anos 80 (os da infância de Peri) e os da primeira década do novo milénio (quando era estudante em Inglaterra). É neste ambiente de tensão que um certo segredo ameaça ser revelado.




Podemos ler sobre a autora, em inglês, em: 
https://www.theguardian.com/books/2017/feb/22/three-daughters-of-eve-by-elif-shafak-review 

Em entrevista ao New York Times:
 https://www.nytimes.com/2017/12/17/books/elif-shafak-three-daughters-of-eve-interview.html


Excerto - 
Persuade someone to read “Three Daughters of Eve” in 50 words or less.
We live in a very dualistic age. One of the nuances we’re losing concerns faith and doubt. We need a dose of doubt and a dose of faith, to challenge each other. This novel tries to talk about faith and doubt in a completely different way to move beyond dualities.

domingo, 22 de abril de 2018

Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez

Ler Cem Anos de Solidão é ler a melhor obra do escritor colombiano, vencedor de um Prémio Nobel Gabriel Garcia Márquez.

O realismo mágico do autor explicado por ele próprio: “Por exemplo, se disser que há elefantes a voar pelo céu, as pessoas não vão acreditar em si. Mas se disser que há 425 elefantes a voar no céu, as pessoas provavelmente irão acreditar em si. Cem Anos de Solidão está cheio desse género de coisas.”  de: https://observador.pt/2017/05/30/cem-anos-de-solidao-a-verdade-foi-revelada-ha-50-anos/


Bruno Vieira Amaral: https://observador.pt/2017/05/30/cem-anos-de-solidao-a-verdade-foi-revelada-ha-50-anos/

Cem anos de solidão narra a história da fictícia cidade de Macondo e a ascensão e queda de seus fundadores, a família Buendía. Os seis personagens centrais, que dão início ao romance e dominam a primeira parte, são: José Arcádio Buendía, o entusiasmado fundador da vila de Macondo; a esposa dele, Úrsula Iguarán, espinha dorsal não só da família, mas também do romance inteiro; os filhos, José Arcádio e Aureliano – o último, coronel Aureliano Buendía, considerado em geral o principal personagem do livro; a filha, Amaranta, atormentada quando criança e amargurada como mulher; e o cigano Melquíades, que traz as notícias do mundo exterior e, por fim, estabelece-se em Macondo.  A história da Colômbia é dramatizada por intermédio de dois eventos principais: a Guerra dos Mil Dias e o massacre dos trabalhadores bananeiros em Ciénaga, no ano de 1928. Essas eram, segundo Gerald Martin (2008, p.368), as principais referências históricas que formavam o contexto da própria infância de Gabriel García Márquez.




quinta-feira, 29 de março de 2018

Leituras ao ar livre

Há muito que o Clube de Leitura não se reunia no exterior. Para anunciar a chegada efetiva de um dia de Primavera, as leituras de Homens Bons realizaram-se no pátio exterior da sala onde reunimos. Fica uma foto dessa Primavera celebrada.. com leituras e comentários... e amêndoas, porque a Páscoa se aproximava.
Uma pose para a fotografia



terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Arturo Pérez-Reverte:HOMENS BONS

Iniciamos nova leitura: desta vez vamos à novela pícara recreada pelo escritor-jornalista Arturo Pérez-Reverte. Será uma nova experiência de leitura, diferente de todas as que tivemos até aqui, com toda a certeza.

Entrevista com o autor dada ao Jornal Expresso disponível aqui
Outra entrevista com o escritor, dada ao Dn disponível aqui
Ainda outra entrevista dada à Visão disponível aqui

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Jessie Burton, A MUSA

Estamos a ler A Musa de Jessie Burton porque gostámos de A Miniaturista.
A Guerra Civil espanhola e os anos 60 em Londres experienciados por uma imigrante.



Artigos sobre o livro:
https://www.theguardian.com/books/2017/jan/08/the-muse-jessie-burton-review-natasha-tripney

https://www.irishtimes.com/culture/books/the-muse-by-jessie-burton-review-a-touch-of-second-novel-syndrome-1.2706787


Entrevista com a autora (sobre A Miniaturista):
http://www.washingtonindependentreviewofbooks.com/features/an-interview-with-jessie-burton

sobre A Musa
https://www.youtube.com/watch?v=CRiwHzw_WoI

https://blog.whsmith.co.uk/rjsp17-jessie-burton-interview-muse/


Nesta entrevista há duas perguntas/ respostas interessantes:
Who is whose muse in this novel?
Odelle uses Quick as a muse, but I think Odelle is also a muse unto herself. For me, having a muse is nothing more than having a conversation with your own psyche. Olive thinks Isaac is her muse, but she’s just displacing responsibility and all the creativity comes from her. Quick is inspired by Odelle – and so the cycle goes on. Artists always borrow from other people’s lives; they harvest them for their own use. It can be a dangerous game!
Were any elements of this novel based on real-life events?
In terms of the story of the painting that is discovered; yes. Misattribution of artworks certainly happens. The case of Judith Leyster and Frans Hals in seventeenth-century Holland, for example – no one thought a woman could paint the paintings she did! Also in the 1960s, there was the Big Eyes story – a man called Walter Keane passed off his wife Margaret’s paintings as his own, and pocketed millions for himself. It is often a gendered thing. Women historically have not been considered capable of ‘great’ works of art, of universal messages to give to the world. Men have. So it stands to reason that unconscious bias and misattribution of authority take place in the cultural field as much as it does in the economic and political ones. In terms of what happens in the Spanish village, then yes; many villages and towns were split down the middle in terms of people’s loyalties, there were brutal extra-judicial killings and families’ lives ruined for ever.
Uma leitura do livro pela autora em https://www.youtube.com/watch?v=1Xk-9QAuUjU
Uma entrevista na BBC https://www.youtube.com/watch?v=91FP8l_QXYI
Em francês, o livro é Les Filles au Lion https://www.youtube.com/watch?v=NvGQyUUo60c